Em acusação enviada à Justiça MP pede até 29 anos de cadeia para Roseana

Do Blog do Garrone

 FAVORECIMENTO Roseana e Ricardo Murad (à esq.), em inauguração de hospital: eles beneficiaram empreiteiras

FAVORECIMENTO Roseana e Ricardo Murad (à esq.), em inauguração de hospital: eles beneficiaram empreiteiras

O Ministério Público do Maranhão enviou para a Justiça (7ª Vara Criminal – juiz Fernando Luiz Mendes Cuz) acusação contra Roseana Sarney e Ricardo Murad, e outras 15 pessoas, dentre funcionários públicos e empreiteiros, por praticarem diversos crimes com a finalidade de enriquecimento às custas das verbas da saúde pública, bem como para financiar as campanhas eleitorais da ex-governadora e do ex-secretário nas eleições de 2010.

O promotor Lindonjonson Gonçalves de Sousa acusa a montagem de uma verdadeira associação criminosa para dilapidar recursos  públicos a partir do programa Saúde é Vida e a construção de 64 unidades hospitalares de baixa complexidade, de 20 leitos, em vários municípios do estado, que consumiu entre 2009 e 2010, cerca de R$ 151 milhões.

Somados os crimes de fraude à licitação, dispensa ilegal de licitação, favorecimento em dispensa ilegal de licitação, admissão irregular de licitante, contratos superfaturados, peculato e associação criminosa, listados pelo Ministério Público, Roseana e Ricardo podem pegar até 29 anos de prisão.

Roseana seria uma espécie de sócia oculta do esquema montado pelo ex-secretário para desviar recursos das construções dos 64 hospitais. Segundo Lindonjonson Gonçalves de Souza,  o ex-secretário Murad e seus substitutos e sucessores reportavam-se diretamente a ex-governadora, ocasionando solidariedade entre os gestores, na mesma decisão administrativa, com atos diversos, mas finalidades, objetivos e benefícios comuns.

O MP ainda ressalta que as transações e transferências de recursos para empresas contratadas sem licitação, no montante de R$ 57 milhões, serviram para abastecer sua campanha eleitoral e seu partido, o PMDB, em 2010, na quantia de R$ 1.950.000,00, para ser exato.

Além disso, explica o Ministério Público na acusação enviada à Justiça, que “o Secretário de Saúde, sr. Ricardo Murad era seu colaborador, do mesmo modo que os demais servidores públicos eram auxiliares deste, tendo encabeçado, na condição do cargo que ocupava, os atos de divulgação das obras, inaugurações e ampla campanha publicitária pré-eleitoral, pondo os negócios dos hospitais em grande quantidade, como atos administrativos de seu governo, assim todos praticavam atos administrativos em seu nome”.

Aditivos superfaturados

O promotor de justiça Lindonjonson Gonçalves de Sousa

O promotor de justiça Lindonjonson Gonçalves de Sousa

Todas foram beneficiadas pelas licitações consideradas fraudulentas pela promotoria de justiça. As obras contém o vício insanável de começarem sem o Projeto Básico, que só foi apresentado vários meses depois, com a contratação sem licitação da empresa Proenge Ltda., além de receberem aditivos despropositais, segundo o MP.O esquema revelado pelo MP envolvia as empresas Guterres Construções e Comércio Ltda., Lastro Engenharia Incorporações e Indústria Ltda., Geotec Construções e Projetos Ltda., Construtora Soares Leite Ltda., e JNS Canaã Construções e Paisagismo Ltda.

Lindonjonson Gonçalves de Sousa diz que é evidente o superfaturamento,  já que os aditivos serviram apenas para expandir artificialmente as despesas com as obras dos hospitais, pela forma como foi justificada e pela opção do valor linear para todos os contratos, e a formação de um valor aritimético de R$ 118.181,62 por leito hospitalar, que resulta da multiplicação de 20, número de leitos por hospital, por 64 a quantidade de hospitais do programa Saúde É Vida; tratando-se apenas de alvenaria e da edificação pronta, sem os equipamentos que efetivamente tornem funcionais os hospitais.

Conduta social  insensível e gananciosa

O promotor também observa que os projetos das 64 unidades hospitalares, além de outras obras relacionadas a unidades hospitalares de média e alta complexidade, durante o exercício do mandato e da gestão da ex-governadora e do ex-secretário, foram cercadas de intensa divulgação midiática, contrária ao interesse público de acesso à informação, transparência, economicidade e viabilidade econômica de manutenção de uma estrutura multiplicada de unidades hospitalares.

”Muitas delas superpostas a outras já existentes, em funcionamento em vários municípios, como é público e notório, o caso dos municípios de Matões do Norte, Alto Alegre do Maranhão, e municípios da região de Coroatá, muitos deles já detentores de uma estrutura hospitalar municipal que tem as mesmas características de necessidade e suficiência para os procedimentos que o Sistema Único de Saúde financia para municípios pequenos, pela localização geográfica e pelo contingente populacional”, acusa Lindonjonson.

O Ministério Público pede que Roseana Sarney, Ricardo Murad  e os outros réus (veja a lista abaixo) sejam condenados, aplicando-se na dosimetria da pena, a culpabilidade exacerbada, pelo manuseio de recursos escassos, com prejuízo à coletividade, revelando conduta social insensível e gananciosa.

O MP ainda solicita que eles também sejam condenados a reparar os danos decorrentes dos crimes praticados. Clique aqui e leia mais.

Vereadores denunciam indícios de irregularidades em obra

Com informaçoes do Blog do Elanderson

6-AMPL~1Os vereadores Elanderson (SDD), Raquel (PTC), Nestor (PSB) e Alan Fábio (PDT) realizaram visita na obra de ampliação da Unidade Básica de Saúde do Povoado Quindíua que está sendo realizada pela Prefeitura de Bequimão.

Antes de vistoriar a obra, os vereadores conversaram com moradores que relataram insatisfações com a forma como serviços estão sendo realizados, principalmente em relação ao valor da obra.

Ao observar os trabalhos realizados na UBS do Povoado Quindíua, que conforme placa fixada na obra iniciou no dia 10 de maio deste ano e deveria ter sido concluída em 08 de agosto, os vereadores identificaram e registraram vários indícios de irregularidades e desperdícios de recursos públicos. Clique aqui e leia mais.

Época cita neto de Sarney em esquema de lobby na Petrobras

Do Blog do John Cutrim

O neto do senador José Sarney, o economista Adriano Sarney, é citado em reportagem da revista Época deste final de semana por suposta participação em negócios envolvendo lobistas no esquema de propina do PMDB na Petrobras, comandando pelo lobista João Augusto Henriques.

Adriano Sarney

Adriano Sarney

De acordo com a revista, ao lado do lobista Felipe Diniz (filho do deputado Fernando Diniz) Adriano Sarney participou dos expedientes usados por João Augusto para entregar propina em Brasília a deputados do PMDB.

“Segundo documentos comerciais e depoimentos de cinco lobistas do PMDB, ele [Felipe Diniz] se associou aos amigos de Brasília Bruno Queiroga, um jovem advogado, e ao economista Adriano Sarney, neto do senador José Sarney. Juntos, passaram a intermediar negócios no governo. Segundo esses lobistas, em Brasília os três eram conhecidos como “maluquinhos”, em virtude da ousadia com que exibiam seu poder na capital”, revela Época.

João Augusto e os demais lobistas dizem que eles faziam o que lhes era pedido, como entregar dinheiro em Brasília. Um Toyota Corolla ficava à disposição dos três para o serviço. Segundo os lobistas, botavam o dinheiro no porta-malas e partiam para mais uma “viagem de negócios”, como eles diziam aos demais integrantes do grupo.

Procurados, Felipe e Adriano não responderam às repetidas tentativas de contato de ÉPOCA até o fechamento da edição.

De “60% a 70%” do dinheiro arrecadado das empresas que faziam negócio na Diretoria Internacional da Petrobras, comandada pelo PMDB, era repassado a deputados do partido em Brasília.

O repasse tinha por objetivo vencer as dificuldades impostas pelo então presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, do PT, à assinatura do contrato. Dias antes da eleição de Dilma, Gabrielli o aprovou.

Veja AQUI a íntegra da reportagem.

Presidente da Sinpol denuncia caos na Delegacia de Bequimão

O presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Maranhão (Sinpol), Amon Jessen, registrou caos e abandono da Delegacia de Polícia Civil, no município de Bequimão.

As fotos feitas pelo sindicalista mostram as péssimas condições do local. Veja:

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Com informações do Blog do Neto Ferreira

Leia mais

JUSTIÇA DETERMINA INTERDIÇÃO PARCIAL DA CADEIA PÚBLICA DE BEQUIMÃO

MPF/MA oferece denúncia contra o ex-prefeito Juca Martins

João Batista Cantanhede Martins deixou de prestar contas de verbas no valor de 60 mil reais

Da Ascom MPF/MA

Juca Martins volta a ser alvo de denúncia do MPF/MA

O Ministério Público Federal no Maranhão (MPF/MA) ofereceu denúncia contra o ex-prefeito de Bequimão/MA, João Batista Cantanhede Martins, por não prestar contas de recursos federais repassados ao município pelo Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS). Os recursos, no valor de 60 mil reais, eram destinados à aquisição de equipamentos e material permanente de consumo.

Em 2008, durante a gestão de João Batista Cantanhede Martins, o município de Bequimão celebrou convênio com o MDS. Os recursos foram repassados no mesmo ano e, terminado o prazo para prestação de contas (junho de 2009), o ex-prefeito não prestou contas dos recursos federais, causando lesão ao erário ao não comprovar a regular aplicação das verbas repassadas.

Na denúncia, o MPF propôs a suspensão do processo por dois anos, desde que o ex-prefeito cumpra as seguintes condições: proibição de se ausentar da comarca onde reside, por mais de 30 dias, sem autorização do juiz; comparecimento trimestral ao juízo para justificar suas atividades e reparação do dano causado à União.

Em caso contrário, o MPF pede o recebimento da denúncia, com prosseguimentos dos atos processuais.

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MPF/MA ACIONA EX-PREFEITO DE BEQUIMÃO JUCA MARTINS POR IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA

Compra e venda de votos é crime eleitoral; saiba onde e a quem denunciar

Do Blog do Controle Social

Em 28 de setembro de 1999, era sancionada a Lei nº 9840. O documento, que dispõe sobre a corrupção eleitoral exercida na compra do voto, foi criado para complementar a Lei nº 4737, de 1965, que define os tipos de crimes eleitorais e as punições para quem pratica.

No entanto, muitos eleitores ainda ficam na dúvida sobre quais são e como denunciá-los. Pensando nisso, instituições públicas disponibilizam uma série de orientações em seus sites.

No intuito de orientar o eleitor de como proceder para denunciar os crimes de corrupção eleitoral, órgãos públicos e movimentos sociais mantêm páginas na internet com links, telefones e até cartilhas educativas. Entre eles estão o Tribunal Regional Eleitoral (TER), a Polícia Federal (PF), a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), o Ministério Público Federal (MPF) e o Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE).

O MCCE, que é constituído por 51 instituições nacionais de diversos segmentos, criou uma cartilha específica para as eleições municipais deste ano, com dicas, recomendações e a lista dos prefeitos e vereadores cassados por corrupção eleitoral entre 2000 e 2009. O site da organização também traz uma página dedicada a orientações de como denunciar, além de trazer uma lista dos órgãos que são aptos a receber as denúncias.

Outra instituição que possui em seu site uma cartilha educativa é o Ministério Público Federal. O material, que é apresentado em duas versões – uma completa e outra simplificada –, trata do combate à corrupção eleitoral. Contudo, o órgão também dispõe de uma página com formulário para o envio de denúncias online.

Venda e compra de votos é crime passível de prisão

Diante disso, o eleitor precisa estar atento a um detalhe importante da legislação eleitoral. Pois a lei prevê que dar, oferecer, prometer, solicitar ou receber, para si ou para outra pessoa, dinheiro, dádiva ou qualquer outra vantagem, para obter ou dar o voto é crime. E este delito pode resultar em quatro anos de prisão, tanto para quem compra quanto para quem vende, além do pagamento de multa.